Decorreu no dia 29 de Setembro, no Auditório do Instituto Nacional de Saúde, o seminário subordinado ao tema “Qualidade Ambiental em Unidades de Saúde e Infecções Associadas”. Este seminário, promovido pela Associação Portuguesa de Infecção Hospitalar (APIH), contou com a participação de cerca de duas centenas de participantes, entre os quais se incluíram representantes dos Grupos de Coordenação Regional do Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) e Grupos de Coordenação Local do PPCIRA e associados.
O encontro focou-se na partilha de experiências e conhecimentos pluriprofissionais e multidisciplinares, no que se refere às políticas e acções relacionadas com as Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS), nos diferentes contextos de cuidados e serviços. A STERIS participou neste encontro com uma apresentação dedicada à temática da Biodescontaminação Ambiental por Peróxido de Hidrogénio Vaporizado a 35% (VHP®).
A importância da desinfeção ambiental
A limpeza, a desinfecção de superfícies e a qualidade do ar interior são elementos que contribuem para a sensação de bem-estar, segurança e conforto dos pacientes e profissionais na utilização dos serviços de saúde.
- Mas quais são as questões e preocupações sobre a limpeza hospitalar que devemos assegurar?
- A limpeza microbiológica é visível ou perceptível ao olho humano?
- Os processos de limpeza hospitalar habituais são suficientemente eficazes?
- Como podemos garantir que um determinado equipamento, ou uma superfície está isenta de microrganismos propagadores de contaminação
- Como responder a um surto de SARM (Staphylo coccus aureus resistente à meticilina) H1N1, As pergillus, Ébola…?
Dois estudos recentes mostram que o contacto com o meio envolvente é tão susceptível de contaminar as mãos dos profissionais de saúde, quanto o contacto directo com o paciente. Por outro lado, tem sido também observado que, os profissionais de saúde tendem a descurar mais a higienização das mãos, após o contacto com o meio envolvente, do que quando contactam directamente com os pacientes.
De entre os factores que favorecem a contaminação ambiental dos serviços de saúde, citam-se:
- Mãos dos profissionais de saúde em contacto com as superfícies;
- Ausência da utilização de técnicas básicas pelos profissionais de saúde;
- Manutenção de superfícies húmidas ou molhadas;
- Manutenção de superfícies empoeiradas;
- Condições precárias de revestimentos;
- Manutenção de matéria orgânica.
A higienização das mãos (englobando a higienização simples, a higienização antisséptica, a fricção antisséptica e a antissepsia cirúrgica das mãos) é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções nosocomiais. Contudo, embora as superfícies acarretem um risco mínimo de transmissão directa de infecção, a realidade é que contribuem indirectamente para a contaminação cruzada secundária, por meio das mãos dos profissionais de saúde ou de instrumentos e produtos que podem ser contaminados, ao entrar em contacto com essas superfícies.
Por estes motivos, a garantia de Qualidade Ambiental em Serviços de Saúde tem de ser foco de especial atenção para a minimização da disseminação de microrganismos, pois pode actuar como fonte de disseminação de agentes biológicos potencialmente causadores de infecções, como os microrganismos multirresistentes. Assim, o correto Serviço de Limpeza e Desinfecção e a Biodescontaminação Ambiental em Serviços de Saúde apresentam-se como fundamentais na prevenção das infecções associa- das aos cuidados de saúde, sendo imprescindível o aperfeiçoamento do uso de técnicas eficazes para promover a limpeza e desinfecção de superfícies, a segurança e a qualidade ambiental.
Persistência de microorganismos clinicamente relevantes em superfícies secas inorgânicas:
Bactérias:
- Acinetobacter- 3 dias a 5 meses
- Clostridium difficile (esporas) – 5 meses
- Mycobacterium tuberculosis – 1 dia – 4 meses
- Staphylococcus Aureus – 7 días – 7 meses
- Enterococcus – 5 días – 4 meses
Vírus:
- Coronavirus – 3 horas
- Vírus associados ao SARS (síndrome respiratório agudo e grave) – 72 – 96 horas
- Norovirus – 8 horas a 7 dias
Quais os produtos e as tecnologias que devem ser utilizadas contra diferentes tipos de agentes patogénicos?
TECNOLOGIA VHP®
A biodescontaminação ambiental por Peróxido de Hidrogénio Vaporizado a 35% (VHP®), patenteada pela STERIS, é uma recente tecnologia na eliminação de vários tipos de micro-organismos resistentes. O processo abrange a eliminação de um amplo espectro de agentes patogénicos, entre bactérias, fungos e vírus, tendo até já sido utilizado para descontaminar, com sucesso, unidades de saúde onde foram tratados pacientes infectados com diversos tipos de ameaças microbiológicas resistentes, designadamente aquelas que estão sob contínua vigilância por parte dos profissionais de saúde em todo o mundo, como a bactéria anthrax e os vírus H1N1 ou Ébola.
Em ambiente hospitalar este processo deve ser realizado semestralmente, como forma de prevenção do risco de infecções nosocomiais através de fungos e bactérias oportunistas ameaçadoras, particularmente, para indivíduos em estado clínico comprometido.
O processo é simples: o equipamento VHP é instalado e a área evacuada e selada, começando um ciclo que demora cerca de cinco horas, vaporizando em alta concentração de peróxido de hidrogénio seco e estabilizando o ambiente para a segurança total, efectuando uma redução logarítmica de micro- organismos de 10-6, atingindo assim o nível de esterilização ambiental do espaço.
O VHP a 35% conjuga a segurança absoluta do espaço com o aumento da produtividade, acelerando o ciclo para que a actividade possa regressar ao normal o mais brevemente possível, com segurança garantida para os pacientes e colaboradores.