Grande parte dos dispositivos médicos e cirúrgicos utilizados em unidades de cuidados de saúde são feitos com materiais resistentes ao calor, pelo que, a técnica mais comum para os esterilizar é através de aquecimento, principalmente com vapor de esterilização. No entanto, o rápido avanço tecnológico na medicina tem implicado um aumento de dispositivos fabricados com uma ampla variedade de matérias-primas, como os plásticos, que requerem outro tipo de técnicas de esterilização, nomeadamente, a baixa temperatura.
A tecnologia associada a este processo fundamental teve, por essa razão, que se adaptar e inovar para acompanhar tão rápido desenvolvimento. O Gás Óxido de Etileno foi o primeiro método a ser usado em dispositivos sensíveis ao calor e sensíveis à humidade.
Nos últimos anos, foram desenvolvidos outros métodos, sempre mais avançados e sofisticados, como o Gás Peróxido de Hidrogénio Sem Plasma, a imersão em Ácido Peracético e ainda o Ozono, que representam a tecnologia de ponta neste universo e estão a ser usados para esterilizar instrumentos médicos em grande parte das unidades de cuidados de saúde.
Os mais inovadores sistemas de Esterilização Química Liquida permitem reprocessar dispositivos críticos e semicríticos, incluindo endoscópios flexíveis de canal único e multicanal, de forma rápida e eficaz, aumentando a produtividade e reduzindo recursos. Para aperfeiçoar as vantagens, a diluição de ácido peracético usada para esterilizar o instrumental é eliminada de forma segura e ecológica para o sistema de drenagem.
Cumprir todas as leis, regras, regulamentos e normas ambientais corporativas aplicáveis, deve ser uma máxima para qualquer serviço de reprocessamento de dispositivos médicos.
Apesar de, tecnicamente, as tecnologias demonstrarem na generalidade um elevado desempenho, o verdadeiro foco de inovação está na sistematização do processo, no qual é necessário, entre outros factores, considerar o impacto ambiental durante a produção.
Cumprir com todas as leis, regras, regulamentos e normas ambientais corporativas aplicáveis, deve ser uma prioridade para qualquer serviço de reprocessamento de dispositivos médicos. Para isso, é necessário trabalhar de forma construtiva com as associações, agências governamentais e outras instituições com o objectivo de consciencializar o sector para as boas práticas.
O novo paradigma state-of-the-art está em conseguir programas de prevenção e qualidade para reduzir o desperdício e o consumo de recursos naturais (materiais, combustível e energia).
O novo paradigma state-of-the-art está em conseguir programas de prevenção e qualidade para reduzir o desperdício e o consumo de recursos naturais (materiais, combustível e energia) assegurando os mesmos níveis de eficácia no reprocessamento. Isto é atingido com sistemas que permitem poupar água, conservar energia e minimizar resíduos, aliados a um tracking da garantia de que o material chega ao consumidor final com o processo de esterilização inviolado, sendo esta a derradeira tecnologia que deve pautar todos os serviços de reprocessamento de dispositivos médicos que prezam, acima de tudo, a qualidade do serviço e a saúde dos utentes.