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Dois estudos recentes mostram que o contato com o meio envolvente é tão suscetível de contaminar as mãos dos profissionais de saúde, quanto o contato direto com o paciente. Por outro lado, tem sido também observado que, os profissionais de saúde tendem a descurar mais a higienização das mãos, após o contato com o meio envolvente, do que quando contactam diretamente com os pacientes.

De entre os fatores que favorecem a contaminação ambiental dos serviços de saúde, citam-se:

– Mãos dos profissionais de saúde em contato com as superfícies;
– Ausência da utilização de técnicas básicas pelos profissionais de saúde;
– Manutenção de superfícies húmidas ou molhadas;
– Manutenção de superfícies empoeiradas;
– Condições precárias de revestimentos;
– Manutenção de matéria orgânica.

A higienização das mãos (englobando a higienização simples, a higienização antisséptica, a fricção antisséptica e a antissepsia cirúrgica das mãos) é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infeções nosocomiais.

Contudo, embora as superfícies acarretem um risco mínimo de transmissão direta de infeção, a realidade é que contribuem indiretamente para a contaminação cruzada secundária, por meio das mãos dos profissionais de saúde ou de instrumentos e produtos que podem ser contaminados, ao entrar em contato com essas superfícies.

Por estes motivos, a garantia de Qualidade Ambiental em Serviços de Saúde tem de ser foco de especial atenção para a minimização da disseminação de microrganismos, pois pode atuar como fonte de disseminação de agentes biológicos potencialmente causadores de infeções, como os microrganismos multirresistentes. Assim, o correto Serviço de

Limpeza e Desinfeção e a Biodescontaminação Ambiental em Serviços de Saúde apresentam-se como fundamentais na prevenção das infeções associadas aos cuidados de saúde, sendo imprescindível o aperfeiçoamento do uso de técnicas eficazes para promover a limpeza e desinfeção de superfícies, a segurança e a qualidade ambiental.

Quais os produtos e as tecnologias que devem ser utilizadas contra diferentes tipos de agentes patogénicos?

TECNOLOGIA VHP®

A biodescontaminação ambiental por Peróxido de Hidrogénio Vaporizado a 35% (VHP®), patenteada pela STERIS, é uma recente tecnologia na eliminação de vários tipos de micro-organismos resistentes.

O processo abrange a eliminação de um amplo espectro de agentes patogénicos, entre bactérias, fungos e vírus, tendo até já sido utilizado para descontaminar, com sucesso, unidades de saúde onde foram tratados pacientes infetados com diversos tipos de ameaças microbiológicas resistentes, designadamente aquelas que estão sob contínua vigilância por parte dos profissionais de saúde em todo o mundo, como a bactéria anthrax e os vírus H1N1 ou Ébola.

Em ambiente hospitalar este processo deve ser realizado semestralmente, como forma de prevenção do risco de infeções nosocomiais através de fungos e bactérias oportunistas ameaçadoras, particularmente, para indivíduos em estado clínico comprometido.

O processo é simples: o equipamento VHP é instalado e a área evacuada e selada, começando um ciclo que demora cerca de cinco horas, vaporizando em alta concentração de peróxido de hidrogénio seco e estabilizando o ambiente para a segurança total, efetuando uma redução logarítmica de microorganismos de 10-6, atingindo assim o nível de esterilização ambiental do espaço.

O VHP a 35% conjuga a segurança absoluta do espaço com o aumento da produtividade, acelerando o ciclo para que a atividade possa regressar ao normal o mais brevemente possível, com segurança garantida para os pacientes e colaboradores.